O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot reagiu à declaração do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que afirmou que o Exército “se mantém atento à s suas missões institucionais” e compartilha “com os cidadãos de bem” o “repúdio à impunidade”.
Para Janot, “outro 1964 será inaceitável”. “Isso definitivamente não é bom. Se for o que parece, outro 1964 será inaceitável. Mas não acredito nisso realmente”, escreveu o ex-PGR fazendo uma referência ao golpe de 1964, quando o então presidente João Goulart foi deposto e teve inÃcio a ditadura militar no Brasil.
A declaração do comandante do Exército também foi feita pelo Twitter e logo ganhou grande repercussão, sobretudo por ocorrer na véspera do julgamento de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF) marcado para esta quarta-feira (4).
Isso definitivamente não é bom. Se for o que parece, outro 1964 será inaceitável. Mas não acredito nisso realmente. https://t.co/IPqcgOLwAb
— Rodrigo Janot (@Rodrigo_Janot) 4 de abril de 2018
As mensagens do general Villas-Boas nas suas redes sociais são inadmissÃveis. Não é papel d um comandante do exército fazer chantagem ao Supremo Tribunal Federal. Todos nós q defendemos a democracia temos q repudiar essa atitude ilegal e ficar ao lado da presunção de inocência. pic.twitter.com/bKuT9eHlEZ
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) 4 de abril de 2018
Absurdo! General da Reserva defende novo golpe militar se Lula for candidato. Estamos em abril de 2018 ou 1964?
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) 3 de abril de 2018