4 de maio de 2024
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Para Afonso Florence, data para votar reforma da Previdência não passa de blefe

Para Afonso Florence, data para votar reforma da Previdência não passa de blefe

O deputado federal Afonso Florence (PT-BA) disse nesta quinta-feira, 14, que a data anunciada para votar a reforma da Previdência, 19 de fevereiro, é um blefe. “Não acredito que essa reforma, esse texto, possa ser votado em fevereiro, acho que o governo continua blefando, esse é um governo de blefe, fraco e tentando se manter na busca de que outros partidos sejam a luz no fim do túnel”, disse.

A afirmação de Florence foi uma referência às tratativas para que os partidos obriguem seus deputados a votarem em favor do texto, o chamado fechamento de questão.

O primeiro partido a tomar essa decisão foi o PTB, liderado na Câmara dos Deputados por Jovair Arantes (PTB-GO), o qual avalia que existem diversas conjecturas a serem analisadas até fevereiro e criticou: “Ele [Rodrigo Maia] marca, mas não é ele que vota”, e acrescentou: “Ele marca e depois não consegue votar, fica pior”.

Já Benito Gama (PTB-BA) está convencido de que a reforma vai ser aprovada em fevereiro. “Na semana passada, poderia ter quórum, mas não tinha voto e, na semana que vem, tem voto e não tem quórum”.

Para o baiano, o que falta é uma “articulação melhor” entre o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados, que ficou prejudicada com a demora na troca do Ministro da Secretaria de Governo. “Houve um hiato muito grande entre a decisão do Imbassahy sair [Antonio Imbassahy pediu exoneração no dia 8] e do Marun assumir. Isso consumiu duas semanas e não foi bom”, explicou. Segundo Benito, “uma votação dessa não pode entrar sem coordenação”.

Fevereiro – O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia marcou para dia 5 de fevereiro o início das discussões quanto à reforma da Previdência no Plenário da Câmara e marcou o início da votação para o dia 19. Maia estima que entre março e abril a reforma pode ser aprovada nas duas Casas do Congresso.

O presidente da Câmara entende que não há votos agora, mas que até fevereiro “tem convicção” de obter entre 320 e 330 votos.

Segundo o relator da PEC, o baiano Arthur Oliveira Maia (PPS), o discurso em Plenário nesta quinta, destacando as mudanças ao texto, “deflagra o processo” para a votação. “Arthur Maia foi firme ao dizer que tem “absoluta certeza de que na data atrasada pelo presidente [Rodrigo Maia] vamos aprovar essa PEC que é fundamental para o Brasil”. E continuou: “A não aprovação significa um prejuízo imenso para a economia brasileira, mas estamos dando passos com razoabilidade, serenidade e muita atenção, para que nada saia errado”.

Arthur Maia explicou que para conseguir mais apoio, as negociações quanto ao texto estão abertas até a “hora de votação dos destaques [sugestões de alterações] no Plenário”.




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